A Justiça do Trabalho em Pernambuco determinou a penhora de um escritório ligado à cantora Joelma, ex-vocalista da Banda Calypso, por conta de uma dívida trabalhista que já ultrapassa R$ 1,2 milhão. A ação foi movida por Fábio Henrique Izaías de Macedo, ex-empresário da banda, que alega ter mantido vínculo empregatício com os artistas Joelma e Cledivan Almeida Farias, o Ximbinha.
O imóvel em questão está localizado na Ilha do Retiro, região central do Recife, próximo ao Estádio Adelmar da Costa Carvalho, do Sport Club do Recife.
Segundo a defesa da cantora, Joelma já teria cumprido todas as obrigações judiciais determinadas ao longo do processo, mas a inadimplência por parte de Ximbinha acabou gerando consequências também para o patrimônio da artista. “A decisão é uma providência inicial e não representa uma penhora consumada. Não há, até o momento, ato concreto de constrição efetiva sobre o imóvel”, declarou a assessoria jurídica da cantora.
Os advogados afirmam ainda que o imóvel está em processo de regularização documental para ser formalmente registrado em nome de Joelma, o que reforçaria sua proteção jurídica contra bloqueios indevidos. A defesa também recorreu da decisão e indicou bens pertencentes a Ximbinha para substituir o imóvel da cantora no processo.
O caso judicial teve início em 2015, quando o ex-empresário acionou a Justiça do Trabalho buscando o reconhecimento de vínculo empregatício com a banda. Em 2018, a sentença de primeira instância deu ganho de causa ao trabalhador, condenando os artistas e duas empresas ao pagamento de direitos trabalhistas e contribuições previdenciárias. O valor original da condenação, de R$ 250 mil, foi reajustado para mais de R$ 843 mil em 2021, após a ausência de pagamento. Em 2024, o total atualizado da dívida chegou a R$ 1,2 milhão.
Ainda este ano, o juiz responsável pelo caso, Gustavo Augusto Pires de Oliveira, determinou a apreensão do passaporte de Joelma, justificando que as viagens internacionais realizadas por ela não condizem com a alegação de impossibilidade de pagamento da dívida.
A defesa de Ximbinha e do ex-empresário ainda não se manifestou. O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) também foi procurado, mas não respondeu até a última atualização desta reportagem.
