Carolina tentará mais duas técnicas. ( Carolina Arruda/Divulgação)
A estudante brasileira de medicina veterinária Carolina Arruda, de 27 anos, que sofre de neuralgia do trigêmeo (NT) — distúrbio incurável que provoca dor apontada como a “pior do mundo”, informou nesta semana que tentará duas novas técnicas de tratamento que têm a possibilidade de melhorar a qualidade de vida da jovem.
Recentemente, Carolina utilizou as redes sociais para conseguir uma “vaquinha” a fim de arrecadar o valor de R$ 150 mil para realizar a eutanásia – procedimento que proporciona morte sem dor para pessoas com doenças incuráveis – que é proibido no Brasil. Para conseguir fazer a eutanásia, a brasileira iria buscar o procedimento na Suíça, onde é legalizado.
Ao descrever a doença, Carolina disse que as dores chegam a nível 10, ficando insuportável. “Tenho uma dor constante durante o dia, uma dor permanente, e ela fica ali no nível 6, mais ou menos. E quanto tem a crise, a dor aumenta muito, vai ao nível 10 e fica muito insuportável.”, disse a estudante.
Uma das possibilidades de combater a condição está na Clínica da Dor da Santa Casa de Alfenas, em Minas Gerais. Nesse caso, Carolina, que é mineira e reside em Bambuí, já conhecia o trabalho da equipe do local, mas nunca conseguiu acesso devido ao valor alto da terapia. A consulta será realizada nesta segunda-feira (8), virtualmente, e a estudante não pagará nada por ela. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
A segunda alternativa é uma nova técnica para tratar neuralgia do trigêmeo, provavelmente cirúrgica, do próprio neurologista, Wellerson Sabat, e de uma equipe da Argentina. A consulta com o médico brasileiro deverá acontecer dia 18 de julho e custará R$ 400. O grupo argentino ainda não informou datas, procedimentos e valores.
Carolina informou que se caso as novas técnicas consigam aliviar suas dores diárias, talvez reconsidere o procedimento. “Se der certo e aliviar a dor, talvez eu reconsidere a eutanásia. Tudo é válido para minimizar a dor. Mesmo que tenha decidido optar pela eutanásia, ainda terei que passar por um processo burocrático e demorado”, afirmou a mineira.