SERVIDOR DO INSS SUSPEITO DE CONTRATAR EMPRÉSTIMOS NO VALOR DE R$ 947 MILHÕES É PRESO NA OPERAÇÃO UNBLOCK PELA PF DE CARUARU

Operação foi deflagrada nesta quarta-feira (12). (Imagem: Divulgação/PF)




Nesta quarta-feira (12), a Delegacia da Polícia Federal em Caruaru, deflagrou a Operação UNBLOCK, com o objetivo de desarticular um esquema de fraudes previdenciárias, praticadas com a participação de servidor do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.


A operação foi realizada de forma conjunta com a Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária-CGINP (Força Tarefa Previdenciária). O servidor suspeito foi afastado em decisão da Justiça Federal, deferindo representação da PF, que também determinou o afastamento cautelar do servidor público de suas atribuições.


Na ação os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, expedido pela 28ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco, em desfavor do servidor do INSS. Foram apreendidos com o suspeito um notebook e um smartphone, além de uma pistola calibre 9 milímetros, que acarretou na instauração de novo inquérito policial, para apuração do crime de posse ilegal de arma de fogo de calibre restrito.


De acordo com a Polícia Federal, as investigações conjuntas demonstraram que a fraude consistia na realização indevida de desbloqueios de benefícios, para contratação de empréstimos, sem a devida solicitação do titular ou de seu representante legal. Em um dos casos analisados, o servidor manipulou um benefício de titular incapaz, excluindo o seu representante legal para permitir o desbloqueio e averbação do consignado.


Ainda segunda a investigação, o servidor estaria atuando, desde meados de 2022, e teria efetivado o desbloqueio de cerca de 70.000 benefícios, distribuídos nas 27 unidades da federação. O valor em empréstimos consignados liberados com a atuação do servidor no desbloqueio dos benefícios é estimado em R$ 945 milhões, que podem ter sido emitidos com ou sem o conhecimento do beneficiário.


O nome da operação, UNBLOCK (em português, “desbloquear”), faz alusão ao ato indevido de desbloqueio dos benefícios para empréstimos, efetuado pelo servidor do INSS. Os crimes investigados são de inserção de dados falsos em sistema de informações e corrupção, cuja penas somadas podem passar de 24 anos de reclusão.

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