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Mesmo com a empolgação de muitas pessoas após terem sido citadas quando o Desenrola, de renegociação de dívidas, foi anunciado pelo governo federal, débitos com concessionárias, como as de água e esgoto, luz e gás, ainda não poderão ser renegociados dentro do programa. Eles devem fazer parte da segunda fase do programa, que começa em setembro e será voltada para brasileiros com renda de até dois salários mínimos e dívidas de até R$ 5 mil.
Nessa etapa, o devedor poderá consultar uma plataforma digital na qual as instituições financeiras farão uma espécie de “leilão de acordos”. Neste caso, ganha quem oferecer as condições mais vantajosas ao consumidor. Para atender esse público, o governo entra com R$ 8 bilhões no Fundo de Garantia de Operações (FGO). Funciona como uma proteção aos bancos caso o devedor não pague parte das parcelas.
Para especialistas, o adiamento da inclusão desse tipo de dívida afeta principalmente consumidores mais pobres, que podem ficar mais tempo com o nome negativado e até ter os serviços essenciais cortados.
Pelo Mapa da Inadimplência do Serasa, em dezembro do ano passado — data limite de inscrição do débito para participação do programa — 22,25% das dívidas das famílias brasileiras eram com as contas básicas de consumo. A fatia que esse tipo de dívida representa no orçamento caiu do fim de 2022 para cá, mas de maneira tímida. No levantamento de maio, correspondia a 21,45%.