
Outros servidores também foram afastados nesta quarta (23). (Imagem: Divulgação/INSS)
Nesta quarta-feira (23), o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, após a Operação Sem Desconto deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU), que investiga um esquema de fraudes realizadas no instituto. A determinação pelo afastamento de Stefanutto foi expedida pela Justiça Federal. Além do presidente do INSS, outros servidores investigados também foram afastados.
A operação conta com a atuação de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU. Nas investigações, o presidente órgão é alvo da operação que tem como intuito desarticular um suposto esquema nacional de descontos criminosos de aposentados e pensionistas do INSS.
Somente nesta quarta (23) foram cerca de 211 mandados judiciais de busca e apreensão, ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Seis servidores públicos foram afastados de suas funções.
De acordo com a PF, nas investigações foram identificadas irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Até o momento, as entidades cobraram de aposentados e pensionistas o valor estimado de R$ 6,3 bilhões, no período entre 2019 e 2024.
Os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção ativa, passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.