
Dados são referentes a Semana Epidemiológica 28. (Imagem: Reprodução/Freepik)
No Brasil o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continua em ritmo de queda, pelo menos na maior parte do país. É o que aponta o novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nessa quinta-feira (17/7). No entanto o novo balanço alerta ainda para a quantidade de casos, que permanece alta. De acordo com o estudo, as mais afetadas são as crianças pequenas, com o vírus sincicial respiratório (VSR) como principal causador das internações por SRAG. O levantamento também apontou um alerta para o crescimento do rinovírus, um dos causadores da SRAG no público infantil.
A análise verificou também que entre os idosos, a influenza A é a principal responsável por hospitalizações e óbitos. Apesar da tendência geral de redução, há sinais de retomada do crescimento de casos de SRAG em idosos em Minas Gerais e Pará, embora ainda não seja possível identificar o vírus responsável por esse aumento nesses locais.
Entre os estados, os casos de SRAG nos idosos associados à influenza A seguem em níveis de incidência de moderado a alto na maioria das unidades da região Centro-Sul (exceto Goiás, Distrito Federal e Rio de Janeiro), além de alguns estados do Norte (Amapá, Pará, Rondônia e Roraima) e do Nordeste (Alagoas, Sergipe, Maranhão e Paraíba).
Os dados são referentes à Semana Epidemiológica 28, de 6 a 12 de julho.
O InfoGripe é uma estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) voltada ao monitoramento dos casos de SRAG no Brasil, oferecendo suporte às vigilâncias em saúde na identificação de locais prioritários para ações de preparação e resposta a eventos de saúde pública. A atualização é referente à Semana Epidemiológica 28, de 6 a 12 de julho deste ano.
De forma geral, o novo Boletim Infogripe, mostrou que nas 27 unidades da Federação houve tendência de queda ou estabilidade nos casos de SRAG nas últimas seis semanas. No entanto, a maior delas ainda registra incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, com destaque para os estados da Região Norte, como Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima; do Nordeste, como Alagoas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Sergipe; e do Centro-Sul, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Apenas Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins apresentam incidência de SRAG em nível de segurança.