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Nesta semana tomou repercussão o caso da vereadora da cidade de Arcoverde, sertão pernambucano, Zirleide Monteiro (PTB). A parlamente afirmou na última segunda-feira (30), em sessão plenária da Câmara de Vereadores do município, que uma mãe teve filho com deficiência por “castigada de Deus”.
Em sua fala durante a sessão da casa, a parlamentar disse: “Não preciso citar o nome da cidadã, que o castigo de Deus, Ele dá aqui em vida. Quando ela veio com um filho deficiente, é porque ela tinha alguma conta a pagar com aquele lá de cima. Ela já veio para sofrer. Está nas mãos de Deus. Está entregue e quem faz aqui, paga aqui mesmo. Não vai subir lá para cima não, viu? De jeito nenhum”, disse.
No momento da fala, o presidente da Câmara, Wevertton Siqueira (Podemos), chegou a contrariar a fala da vereadora que ela havia sido infeliz e erronia em sua afirmação. “Eu acho que a senhora foi muito infeliz em suas palavras, em dizer que o filho de uma mãe veio deficiente porque é um castigo de uma pessoa ser ruim ou de uma pessoa ser boa. Eu acredito que a senhora foi muito infeliz. Eu quero pedir desculpa em nome da vereadora Zirleide, eu como presidente, quero pedir desculpa em nome dela a todas as mães que têm um filho deficiente aqui em Arcoverde, em Pernambuco e em todo o Brasil”, disse o presidente da Casa.
Logo após o caso tomar proporção nas redes sociais a Câmara de Vereadores de Arcoverde emitiu uma nota em seu perfil oficial. “A Câmara Municipal de Arcoverde… vem, por meio desta, reafirmar que não aceita ou admite nenhum tipo de preconceito, de qualquer natureza; seja contra pessoas com deficiência; em questões de raça; de gênero; etárias; culturais; religiosas; sociais ou ideológicas”.
De acordo com a Casa, foi aberto um procedimento interno para tratar sobre a responsabilização da vereadora pela declaração.