Dados do relatório foram divulgados nesta quarta-feira (18). (Imagem: Luiza Frazão/MTE)
As mulheres ainda recebem 20,7% menos do que os homens em 50.692 empresas com 100 ou mais empregados no Brasil, apontou o 2º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios divulgado, nesta quarta-feira (18), pelos ministérios do Trabalho e das Mulheres.
O levantamento foi apresentado durante evento de lançamento do Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens. No primeiro relatório, divulgado em março deste ano, a diferença salarial registrada era de 19,4%.
Ainda de acordo com o relatório, a média salarial dos homens é de R$ 4.495,39, enquanto a das mulheres é de R$ 3.565,48. Quando observada a média salarial das mulheres negras, a disparidade é ainda maior. Elas ganham, em média, R$ 2.745,26 o que representa apenas 50,2% do salário de homens não negros, que chega a R$ 5.464,29.
As disparidades salariais ainda continuam em cargos de direção e gerência. Segundo o levantamento, as mulheres ganham 27% menos que os homens, e, em funções de nível superior, a diferença chega a 31,2%.
Foram analisadas mais de 18 milhões de vínculos formais em 2023, com uma média salarial de R$ 4.125,77, com salário contratual de R$ 2.025,27, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023. São 10,8 milhões de homens e 7,2 milhões de mulheres. A massa de rendimentos é R$ 782,99 bilhões.
O Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral, lançado durante a divulgação do relatório, é composto por 79 ações que buscam promover a igualdade salarial e laboral entre homens e mulheres. O plano é dividido em três eixos que abordam aspectos étnicos-raciais e da divisão sexual do trabalho.