
(Imagem: IGO ESTRELA/METRÓPOLES)
Nesta segunda-feira (17), o Senado recebeu durante sessão plenária uma encenação que dizia ser o ponto de vista do feto quando uma mulher realiza um aborto. O tema tem sido discutido pelos parlamentares após o Projeto de Lei (PL) 1904/2024, que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples, inclusive nos casos de gravidez resultante de estupro.
No Brasil, estima-se, de acordo com dados divulgados de 2019 a 2023 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que cerca de duas mulheres são estupradas por minuto no país, o que levanta o alerta para o risco de falta de segurança das vítimas de violência sexual em caso de aprovação do projeto.
A encenação feita durante o plenário do Senado sobre o projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio foi motivo de irritação e críticas pelo presidente da casa, Rodrigo Pachego (PSD-MG). Pacheco ainda chegou a criticar a falta de embasamento do senador Eduardo Girão (Novo-CE), que propôs o debate sem considerar a opinião de especialistas de saúde e segurança contrários ao PL.
Na atuação, a triz interpreta para os parlamentares uma “simulação” do sentimento e medo do feto durante o procedimento do aborto. O vídeo causou repercussão nas redes sociais, dividindo opiniões com relação ao assunto.