
O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) anunciou que irá apurar as visitas realizadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está internado há 13 dias. A preocupação da entidade é com o risco de comprometimento da recuperação dos pacientes e o aumento das chances de infecções hospitalares devido à circulação excessiva de pessoas no local.
Em comunicado, o CRM-DF destacou que a UTI exige um ambiente rigorosamente controlado e que o acesso deve ser restrito, obedecendo a critérios técnicos e sanitários. A nota reforça que cabe ao hospital e ao Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar estabelecer regras claras sobre o fluxo de pessoas na unidade.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) também se manifestou, emitindo nota técnica que reafirma a necessidade de autorização prévia da equipe médica para visitas, limitação no número de visitantes e duração das visitas, além do uso obrigatório de equipamentos de proteção individual (EPIs).
Durante a internação, Bolsonaro recebeu aliados políticos, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o pastor Silas Malafaia. O ex-presidente também concedeu entrevista ao SBT, participou de uma live de vendas de capacetes e recebeu uma intimação judicial referente à ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado, na qual é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como líder de uma organização criminosa.
Após a entrega da intimação, Bolsonaro apresentou piora no quadro clínico, com elevação da pressão arterial e alterações nos exames hepáticos, segundo boletim médico divulgado pelo hospital. Ainda não há previsão de alta.
Por: Wesley Souza