(Foto: Csaba Deli / Shutterstock.com)
A Central de Transplantes de Pernambuco, divulgou nesta semana os números referentes ao balanço de 2023 com relação a doação de órgãos no Estado. Os dados mostram que Pernambuco teve um aumento de 11,3% nas doações, em comparação a 2022. A crise que o Estado vindo enfrentando era um reflexo instalado durante o período da pandemia de Covid-19, que fez com que o número de doações e transplantes acendessem um alerta para a rede de saúde.
Ligado à Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), a Central informou que registrou, no ano passado, uma variação positiva de 11,3% de transplantes de órgãos e tecidos em comparação a 2022, totalizando 1.531 procedimentos realizados. Com 3.180 pessoas na lista de espera, a expectativa do órgão é chegar a índices mais favoráveis em 2024, reforçando as iniciativas que deram certo e implementando novos pontos de ação.
A negativa familiar para a doação de órgãos, em 2023, chegou a quase 60%. Para incentivar o “sim” num momento tão difícil para os familiares, a Central de Transplantes investiu na capacitação dos profissionais de saúde, com a oferta de cursos sobre o diagnóstico de morte encefálica e de comunicação de notícias críticas para o acolhimento dos entes queridos dos doadores em potencial.
Em 2024, além de seguir o fluxo das qualificações nessas habilitações, a Central de Transplantes vai resgatar a política de “córnea zero” para reduzir, a curto prazo, a lista de espera por este tecido e, posteriormente, recuperar o status que o Estado tinha no período pré-pandêmico.
Atualmente, 1.286 esperam por uma córnea, em Pernambuco. “O nosso desafio continua para reduzir mais a taxa de negativa familiar e as condições de manutenção desses potenciais doadores, evitando as contraindicações médicas numa escala maior. É muito importante, ainda, não só reduzir essas listas como recuperar o status do córnea zero. Estamos otimistas pelos avanços alcançados em 2023.”, afirmou a coordenadora da Central de Transplantes, Melissa Moura.