Resultado seria divulgado na próxima terça (08). (Imagem: Irene Almeida)
O resultado das provas do bloco 4 do Concurso Nacional Unificado (CNU), realizadas em 18 de agosto deste ano, não serão divulgadas na próxima terça (08/10) como era previsto. O motivo é o suposto vazamento das questões em uma escola do Recife. A decisão foi dada pela Justiça Federal nesta quinta-feira (3), que deve analisar o caso e determinar a medida mais adequada para a situação.
Não há registro de vazamento na aplicação das provas de outros blocos. Sendo assim, o cronograma para os demais segue normal, com divulgação no dia 8.
A determinação para a suspensão do resultado das provas do bloco 4 foi proferida pelo juízo da 14ª Vara Cível do Distrito Federal, após uma ação popular que contestou o suposto vazamento das provas do bloco, que continha questões sobre Trabalho e Saúde do Trabalhador.
Segundo a denúncia popular, o vazamento aconteceu em uma escola de ensino médio em Recife. Os fiscais de prova do turno da manhã da prova abriram por engano o pacote lacrado com provas do período da tarde. As provas chegaram a ser distribuídas aos candidatos, que preencheram os campos de identificação e iniciaram a resolução das questões. Em seguida, o erro foi percebido e as provas foram recolhidas.
Na decisão, a juíza Lucineia Tofolo, da 14ª Vara Federal Cível, entendeu que o equívoco pode ser considerado como “vazamento das provas” e a divulgação dos resultados deve ser suspensa.
“As provas dos autos indicam que os fatos não se limitaram à violação do malote com os cadernos de questões, mas avançaram para o vazamento do conteúdo das próprias questões, o que, ao tempo em que viola a isonomia entre os candidatos, contamina o prosseguimento do concurso com a pecha da imoralidade, exigindo-se, assim, a pronta atuação do Judiciário no caso concreto”, decidiu a juíza.
A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que vai recorrer da decisão.
Em nota, o Ministério da Gestão afirmou ainda não foi notificado da decisão da Justiça do Distrito Federal e disse que o “governo reafirma o seu empenho para garantir a regular continuidade do certame”.