TJPE instala Escritório de Processos Corporativos

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O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) iniciou neste ano a operação de seu Escritório de Processos Corporativos, órgão integrante da Coordenadoria de Planejamento e Gestão Estratégica (Eproc/Coplan). Implantado no último dia 03 de maio, a iniciativa, regulamentada pela Resolução nº 452/2021, almeja fomentar a gestão dos processos corporativos (fluxos ou rotinas de trabalho) na Justiça, em convênio com o Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIN-UFPE), em um período de dois anos. “Com todo o apoio institucional da Diretoria Geral do TJPE, abrimos as portas à Educação para que mestrandos e doutorandos colaborem com o EPROC, o que se refletirá em toda o Judiciário”, afirma a coordenadora da Coplan/TJPE, Lívia Leite Mota.

A coordenadora explicita que o EPROC irá alinhar seus conhecimentos ao novo Planejamento Estratégico 2021-2026 do Poder Judiciário estadual, que começa a vigorar a partir do 2º semestre de 2021. “Para definir a metodologia de trabalho, os acadêmicos terão o TJPE como um estudo de caso, ao mesmo tempo que transferirão seus conhecimentos ao nosso corpo funcional de forma permanente”, diz Lívia Mota. Mais precisamente, os primeiros a receberem essa expertise serão os três servidores selecionados para integrar o EPROC/COPLAN, e, após a implantação legal do Planejamento Estratégico, todos os integrantes do Poder por meio de diagnóstico, análise, aplicação de melhorias e acompanhamento dos resultados em cartórios judiciais, e setores administrativos.

“O órgão que irá acionar o escritório para que atue nos setores será o Conselho de Governança do TJPE”, detalha a dirigente da Coplan. O Conselho, regido pelo Ato Conjunto nº 01, de 19 de janeiro de 2021, é composto pelo presidente do TJPE, desembargador Fernando Cerqueira, e pelo corregedor geral da Justiça, desembargador Luiz Carlos de Barros Figueiredo, dentre outras autoridades. A norma também cria o Programa de Governança Institucional do TJPE que prevê no Art.1º, II, como uma de suas quatro atribuições, “a implementação e manutenção de processos de trabalho, estruturas e mecanismos adequados à incorporação dos princípios e das diretrizes de governança institucional”.

Em um breve resumo, na área jurisdicional, o escritório visa o alcance de uma maior produtividade e agilidade processual, e na área administrativa; uma maior eficácia nas rotinas de aquisição de insumos, e nas políticas de valorização funcional. Em relação a pessoas, o EPROC/COPLAN já registra um fato positivo em sua história. De acordo com a Secretaria de Gestão de Pessoas, o Edital nº 02/2021, que regulamentou a seleção de servidores para o setor, foi o mais disputado dentre os já lançados no Tribunal, pois somou 30 inscritos. “Tivemos dificuldade em escolher apenas três. Os currículos eram muito além da média”, declara Lívia. Os selecionados no certame, e atualmente lotados no Escritório, foram: Fernando Antônio Marçal Garcia, que atuava na 2ª Vara de Família e Registro Civil da Comarca de Olinda; Flávio José Ferreira Júnior, lotado anteriormente na Secretaria de Tecnologia da Informação; e  Malu Xavier da Silva, que integrava a Diretoria de Infraestrutura do Tribunal.

Sair da zona de conforto – Para Fernando Garcia, ser um dos três selecionados para atuar no EPROC/COPLAN “foi uma sensação incrível, de reconhecimento, para mim mesmo, pois sabia que iria sair de uma zona de conforto – um ambiente onde atuava há 8 anos – para atingir um alvo muito novo e bem desafiador”. Fernando tem formação em Análise de Sistemas, com mestrado em Bioinformática, e Doutorado (em andamento) na área de processos ambientais com modelagem em IA (Inteligência Artificial). Paralelamente a sua atividade como analista judiciário no TJPE, Fernando presta consultoria nas áreas de projetos de redes de Telecomunicações, e de Gestão de Processos de Negócios.

Tecnologia da Informação e Gestão de Processos – A mestre e doutora em Ciência da Computação, e coordenadora da equipe acadêmica, que atuará junto ao EPROC/TJPE, Jéssyka Vilela, explica que o Centro de Informática da UFPE “possui experiência com o desenvolvimento de projetos de pesquisa, e de inovação em parcerias com diversas instituições nacionais e internacionais.” Ela explica que estruturar um setor como o EPROC/COPLAN no TJPE envolve múltiplas competências. “A gestão de processos perpassa o desenvolvimento de sistemas de informação que apóiam a execução dos processos de negócio sendo, assim, uma área estudada pela Informática”.

A pesquisadora enumera os objetivos com a implantação do escritório no TJPE através da consultoria do CIN/UFPE: redução de custos operacionais; otimização de processos; ganho de produtividade; promoção do entendimento dos fluxos de trabalho transversais aos setores; provimento de insumos para o desenvolvimento; aquisição de sistemas de informação; e definição de indicadores de desempenho, com base no Planejamento Estratégico da instituição.

Entre os acadêmicos participantes do convênio EPROC/COPLAN e CIN/UFPE estão as mestres e doutoras em Ciência da Computação pela Universidade Federal, Carla Silva e Mariana Peixoto, e a mestre Jessyca Lorena. O aluno do 7º período do curso de Sistemas de Informação, Giovanni Correa, integra a equipe como estagiário.

“Ao optar por um convênio onde especialistas irão realizar uma imersão no Poder Judiciário para produzir suas pesquisas, o Tribunal de Justiça demonstra a pretensão de reter o conhecimento, investindo em múltiplas competências acadêmicas,e profissionais; ou seja, atuando de forma multidisciplinar, com diversidade de talentos e espírito de equipe; fatores que enriquecem todo e qualquer ambiente corporativo”, afirma a coordenadora da Coplan, Lívia Mota.

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