JUÍZA NEGA ARQUIVAMENTO DO CASO GUSTTAVO LIMA E VAI DE BET

Prisão foi decretada nesta segunda-feira (23) pelo TJPE. (Imagem: Reprodução)
(Imagem: Reprodução)

 

O promotor de Justiça Roberto Brayner, responsável por acompanhar as ações da Operação Integration — que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais e que tem, entre os investigados, Deolane Bezerra e Gusttavo Lima —, disse que o inquérito tem “lacunas” que precisam ser preenchidas. Ele afirmou também que ainda não analisou a parte do relatório que trata das contas da empresa Esportes da Sorte, uma das “bets” investigadas”, no exterior.

“São movimentações de fato significativas e é evidente que isso pode configurar outros ilícitos e aí a gente está falando do inquérito que precisa ter um link disso com o jogo do bicho, com esse inquérito. Isso pode configurar, de repente, uma sonegação fiscal, evasão de divisas, outros crimes”, afirmou o promotor, que coordena o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do MPPE.

A declaração foi dada depois que a juíza Andréa Calado, da 12ª Vara de Justiça de Pernambuco, deu um novo prazo de cinco dias para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) se pronunciar sobre o caso e negou o pedido de arquivamento de investigação, determinando o envio do processo para o procurador-geral de Justiça, Marcos Antônio Matos de Carvalho. Esta é a primeira vez que um representante do órgão fala publicamente sobre o assunto.

“Em relação à empresa Esportes da Sorte e a seus sócios, a gente entende que é preciso aprofundar as investigações para averiguar precisamente se há uma mescla, uma mistura, e as pessoas que eventualmente tenham colaborado com isso. Há necessidade de aprofundar”, afirmou Roberto Brayner.

Documentos que fazem parte da investigação da Operação Integration mostram a movimentação financeira da empresa Esportes da Sorte no exterior.

A documentação informa que a Polícia Civil de Pernambuco solicitou a quebra do sigilo bancário internacional no mês de outubro e mostra que há cerca de duas semanas dois bancos do Reino Unido aceitaram o pedido do Departamento de Recuperação de Ativos de Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil.

Uma das instituições financeiras é o Capital International Bank, nas Ilhas Man, no mar da Ilrlanda, que pertencem ao Reino Unido. Nesse banco foram bloqueados 10 milhões de euros. A outra instituição é o One UK, com sede na Inglaterra. Nele, foram bloqueados 19 milhões de euros.

Via: G1

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