
A caminho da Malásia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste sábado (25) que pretende se reunir durante a viagem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trump afirmou que pode reduzir as tarifas impostas ao Brasil, que chegam atualmente a 50%, sob determinadas condições.
É a primeira vez que o presidente norte-americano admite a possibilidade de fazer concessões, ainda que de forma condicionada. Trump, no entanto, não detalhou quais seriam as exigências para a redução das tarifas.
“Acredito que vamos nos reunir, sim”, disse Trump a jornalistas a bordo do Air Force One, pouco após a decolagem. “Sim, sob as circunstâncias certas, seguramente”, completou, ao ser questionado se estava aberto a baixar o patamar do tarifaço.
O áudio da conversa foi divulgado pela Casa Branca. Durante a entrevista, Trump também lembrou de uma breve conversa com Lula nos bastidores da ONU, em Nova York, em setembro.
Por sua vez, o presidente Lula afirmou neste sábado que o governo brasileiro ainda não recebeu exigências formais da parte dos Estados Unidos para discutir o fim ou a redução das tarifas.
“Não tem exigência dele (Trump) e não tem exigência minha ainda. Vamos colocar na mesa os problemas e tentar encontrar uma solução. Pode ficar certo que vai ter uma solução”, declarou Lula, já em solo malaio.
A reunião entre os dois líderes está marcada para o domingo à tarde (horário local), em Kuala Lumpur.
Na véspera, Lula indicou que um acordo definitivo pode não ser alcançado durante o encontro, mas disse estar aberto a discutir qualquer tema, sem vetos, ressaltando que eventuais entendimentos poderão exigir novas rodadas de negociação no futuro.
Entre as principais demandas do governo brasileiro estão a revogação do tarifaço de 40%, imposto em julho por razões políticas, e o fim das punições aplicadas a autoridades brasileiras, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal e do Executivo.
Por: Wesley Souza