
Tarifas anunciadas são de 50%. (Imagem: Diogo Zacarias/MF)
Com os últimos anúncios do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de taxar produtos brasileiros exportados para o país norte-americano em 50%, diversas autoridades brasileiras se posicionaram sobre o assunto. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, classificou a decisão de Trump de extremista e que a medida não vai se consolidar. “Não há outra explicação: esse golpe contra o Brasil, contra a soberania nacional, ele foi urdido por forças extremistas de dentro do país. Como eu acredito que o tiro vai sair pela culatra, acredito que isso não pode se sustentar”, afirmou Haddad em entrevista.
Outro ministro do governo brasileiro a criticar as tarifas de Trump foi o Silvio Costa Filho, da pasta de Portos e Aeroportos. Ele repostou uma publicação em apoio ao presidente Lula e ao governo em que cita que o Brasil é um país soberano. Silvio ainda teceu críticas a um dos filhos de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, em que Deputado Federal faz uma nota pública de apoio aos anúncios do presidente norte-americano. Em publicação escrita no Instragram o ministro chama de irresponsável a atitude de Eduardo Bolsonaro.
“Esse povo endoidou. Não é possível. Pense numa irresponsabilidade com o Brasil. Essa medidas do presidente Donald Trump em taxar em 50% os produtos brasileiros vão prejudicar muito a economia brasileira e, sobretudo, os empregos da população. Isso não é questão de direito, de esquerda, de centro. É uma questão de país. Precisamos preservar a nossa economia e soberania.”, afirmou o ministro Silvio Costa Filho.
Donald Trump encaminhou para o presidente Lula uma carta em que notifica a aplicação tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras aos EUA. De acordo com o anúncio, a medida passará a valer a partir de 1º de agosto. No documento Trump cita o ex-presidente Jair Bolsonaro como justificativa da decisão devido ao julgamento do ex-presidente brasileiro que foi condenado réu pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de golpe de Estado e ataque a democracia brasileira em 2022.
Por: Natália Rodrigues.