Governo estuda contratar até 50 voos comerciais para trazer máscaras da China

Health Minister Luiz Henrique Mandetta gestures during a press conference regarding the COVID-19, coronavirus pandemic at the Planalto Palace, Brasilia on March 18, 2020. (Photo by Sergio LIMA / AFP)

O governo federal vem preparando uma “operação de guerra” para trazer 240 milhões de máscaras compradas da China pelo Ministério da Saúde. Para trazer o material de forma mais rápida, em decorrência do avanço da pandemia do novo coronavírus no país, está sendo avaliada a contratação de voos comerciais para buscar os produtos.

A operação, orquestrada pelo Ministério da Infraestrutura, estuda contratar de 20 a 50 voos, sendo necessárias pelo menos de 15 a 20 aeronaves comerciais distintas. Esta é considerada a maior compra da história feita pelo governo federal no exterior. São quatro mil metros cúbicos e 960 toneladas de carregamentos.

Outra alternativa para trazer os equipamentos ao país seria usar os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). No entanto, a operação teria um custo maior ao governo federal, uma vez que as aeronaves da FAB são menores e demandariam mais voos. Mesmo sendo realizados por aviões comerciais, os voos podem ganhar status de “voo de Estado”, o que implicaria em maior segurança e menos burocracia no transporte da carga. A Infraestrutura já vem fazendo cotações com empresas aéreas. Uma das interessadas é a Latam, que poderá ter preferência, por ser brasileira.

Rotas
Os aviões devem evitar fazer escalas nos Estados Unidos e em países europeus, territórios atingidos fortemente pela pandemia. A preocupação é que o material seja interceptado, uma vez que a carga é altamente cobiçada neste momento de crise global nos sistemas de saúde pública.

O medo de perder os equipamentos, essenciais para o trabalho dos profissionais de saúde no combate ao coronavírus, aumentou depois que uma carga de respiradores comprada pelo governo da Bahia ficou retida em Miami, nos EUA.

Para evitar que a carga brasileira seja interceptada, o Itamaraty estuda paradas em Israel, Dubai e Nova Zelândia. A expectativa é que cada voo leve cerca de 40 horas.

Diario de Pernambuco

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