(Imagem: canvaPro)
O período de Carnaval é uma extensa festa, na qual os brasileiros e turistas compartilham de momentos de alegria e folias carnavalescas. Por ser uma festa de rua o Carnaval atrai milhares de pessoas todos os anos, que vem em buscas de uma das maiores festas do mundo. O mais clássico e popular são os bloquinhos de rua, que dão entrada a experiências incríveis durante a folia de Momo. No entanto é nesse período também que algumas doenças infecciosas são mais propensas a atingir os foliões. Uma das mais comuns é a Mononucleose infecciosa, mais conhecida como Doença do beijo.
O que é?
De acordo com informações do Ministério da Saúde (MS), a mononucleose infecciosa, conhecida popularmente como doença do beijo, é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) e o principal veículo de transmissão é a saliva. A doença afeta, principalmente, jovens e adultos com idade média entre 15 a 25 anos e é considerada comum no mundo inteiro.
Estudos demonstram que até 90% da população já foi infectada por EBV em alguma fase da vida. Os sintomas dessa enfermidade duram em média 30 a 45 dias e causam dor de garganta, fadiga, mal-estar, febre e inchaço dos gânglios. Em casos mais graves, é possível desenvolver dor nas articulações e na barriga, além de manchas pelo corpo.
Na fase crônica, que é mais rara, as manifestações são hepatoesplenomegalia, ou seja, o aumento do fígado; e petéquias no palato, leves hemorragias internas em vasos sanguíneos, que formam manchas vermelhas na pele ou na mucosa.
Tipos
A infecção pode ser assintomática (mais frequente em crianças) ou os sintomas clássicos, como geralmente ocorrem entre adolescentes e adultos.
Causas
A doença é causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) que é um membro da família dos herpesvírus.
Sintomas
Os iniciais são cefaleia, fadiga, mal-estar e dores musculares evoluindo para febre, linfonodomegalia (aumento dos gânglios) e faringite (dor de garganta com presença de placas). Em alguns casos pode ocorrer também esplenomegalia (aumento do baço) e exantema (manchas vermelhas pelo corpo).
Complicações, como anemia e plaquetonia (diminuição das plaquetas), podem ocorrer. Hepatite autolimitada também pode ser observada.
Diagnóstico
É feito pelo quadro clínico do paciente e alguns exames laboratoriais.
O hemograma pode acusar linfocitose (aumento dos linfócitos), além da presença de atipias linfocitárias. Aumento das enzimas hepáticas também pode ser observado.
Um exame de sangue específico chamado de sorologia para EBV/mononucleose pode dar o diagnóstico definitivo da doença.
Tratamento
Não existe tratamento específico para mononucleose. O maior problema da doença do beijo é que ela pode ser transmitida pela pessoa infectada sem sintomas até um ano após a infecção.
Prevenção
Não existe uma forma muito efetiva de prevenção, já que o vírus é excretado pela saliva, às vezes por tempo prolongado, mesmo que a pessoa não tenha sintomas.