
Na manhã desta quinta-feira (8), a fumaça que saiu da chaminé da Capela Sistina, no Vaticano, foi preta, indicando que os 133 cardeais reunidos em conclave ainda não chegaram a um consenso sobre o próximo papa. Esta é a segunda manhã de votações, com duas rodadas já realizadas, mas sem que nenhum dos candidatos tenha alcançado os dois terços dos votos necessários — 89, no caso atual.
As primeiras cédulas do dia foram queimadas por volta das 6h51 (horário de Brasília), confirmando que nenhum nome recebeu apoio suficiente para ser eleito. Segundo o Vaticano, a expectativa era que, caso um papa fosse escolhido, a fumaça branca seria vista por volta das 5h30.
Ritual tradicional e expectativa por decisão
Os cardeais, todos com menos de 80 anos e vindos de diversas partes do mundo, incluindo sete brasileiros, seguem em reclusão na Capela Sistina para as deliberações. O processo é marcado por orações e intensas discussões sobre os desafios da Igreja Católica.
Ao final de cada sessão de votação, as cédulas são queimadas junto a substâncias químicas que produzem fumaça preta ou branca, sinalizando o resultado ao público que se reúne na Praça de São Pedro.
Estão previstas ainda mais duas rodadas de votação nesta quinta, uma por volta das 12h30 e outra às 14h, com a possibilidade de uma decisão ainda hoje. Nos dois conclaves mais recentes, em 2005 e 2013, os papas Bento XVI e Francisco foram escolhidos justamente no segundo dia de sessões.
Novo papa pode ser anunciado a qualquer momento
Ao ser eleito, o novo pontífice é questionado se aceita o cargo e qual nome deseja adotar, recolhendo-se em seguida à chamada Sala das Lágrimas, onde veste os trajes papais pela primeira vez. Minutos depois, faz sua primeira aparição pública na sacada da Basílica de São Pedro, marcando oficialmente o início de seu pontificado.
No entanto, a escolha pode se estender por mais alguns dias, já que cerca de 80% dos cardeais participantes nunca haviam tomado parte em um conclave antes, o que pode exigir mais tempo para discussões e construção de consenso.
A expectativa entre os fiéis e a mídia internacional é alta, com todos os olhares voltados para a pequena chaminé que, a qualquer momento, pode liberar a tão aguardada fumaça branca, anunciando ao mundo a escolha do novo líder da Igreja Católica.
Por: Wesley Souza