MORRE AOS 73 ANOS O CANTOR E COMPOSITOR LÔ BORGES, ÍCONE DO CLUBE DA ESQUINA

Imagem: (Reprodução/Redes Sociais)

O Brasil se despediu neste domingo (2) de um dos grandes nomes da música popular brasileira. O cantor e compositor Lô Borges morreu aos 73 anos, em Belo Horizonte, após complicações decorrentes de uma reação alérgica a medicamentos. O artista estava internado desde o dia 17 de outubro em um hospital particular, onde passou por procedimentos delicados nas últimas semanas.

Segundo boletim médico divulgado na última sexta-feira (31), Lô havia apresentado melhora no quadro clínico, com estabilidade hemodinâmica e metabólica. O músico chegou a realizar hemodiálise e, no dia 25 de outubro, foi submetido a uma traqueostomia para auxiliar na respiração. Apesar dos esforços da equipe médica, o quadro acabou se agravando, levando à sua morte.

Natural de Belo Horizonte, Salomão Borges Filho, nome de batismo de Lô, nasceu em 10 de janeiro de 1952 e se tornou um dos fundadores do movimento Clube da Esquina, ao lado de Milton Nascimento, Beto Guedes, Tavito, Fernando Brant e outros músicos mineiros que revolucionaram a MPB nos anos 1970. O grupo misturou sons regionais, rock, jazz e poesia, criando uma sonoridade única e profundamente brasileira.

Com uma trajetória marcada por sensibilidade e inovação, Lô Borges lançou 16 álbuns ao longo da carreira. Seu trabalho mais emblemático é o disco “Clube da Esquina” (1972), em parceria com Milton Nascimento — uma obra considerada um divisor de águas na música brasileira e reconhecida internacionalmente. Em 2024, o álbum foi eleito o nono melhor de todos os tempos pela revista norte-americana Paste Magazine.

Entre suas canções mais lembradas estão “O Trem Azul”, “Paisagem da Janela”, “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo” e “Clube da Esquina nº 2”, faixas que se tornaram hinos de gerações e seguem inspirando músicos e admiradores da boa música.

A notícia de sua morte provocou grande comoção entre colegas de profissão e fãs, que lembram Lô Borges como um símbolo da liberdade criativa e um dos pilares da MPB contemporânea.

Com sua partida, o Brasil perde não apenas um músico, mas uma parte fundamental da sua história sonora — um artista que transformou melodias em poesia e deixou um legado que continuará ecoando por gerações.

Por: Bell Pereira

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