MEGAOPERAÇÃO NO RIO TERMINA COM MORTE DE NOVE CHEFES DO TRÁFICO, DIZ GOVERNO ESTADUAL

Tomaz Silva/Agência Brasil

A megaoperação deflagrada na última terça-feira (28) no Rio de Janeiro continua repercutindo em todo o país. Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (31) pelo governo estadual, entre os 117 suspeitos mortos durante a ação, ao menos nove eram chefes do tráfico de drogas atuantes em diferentes estados brasileiros.

De acordo com as forças de segurança, 99 dos mortos já foram identificados. A investigação aponta que 78 possuíam antecedentes criminais e 42 tinham mandados de prisão em aberto. As autoridades afirmam que a operação teve como foco desarticular uma rede nacional ligada ao Comando Vermelho (CV), que, segundo a polícia, centralizava suas ordens nos complexos da Penha e do Alemão, na capital fluminense.

A lista divulgada pelo governo inclui nomes de criminosos apontados como líderes em diversos estados: PP, chefe do tráfico no Pará; Chico Rato e Gringo, ambos de Manaus (AM); Mazola, de Feira de Santana (BA); DG e FB, também da Bahia; Fernando Henrique dos Santos, de Goiás; Rodinha, de Goiânia (GO); e Russo, de Vitória (ES). Nenhum dos nomes confirmados, até o momento, é do estado do Rio de Janeiro.

O secretário da Polícia Civil do Rio, Felipe Curi, afirmou que as investigações demonstram a influência direta de facções cariocas sobre o tráfico em outros estados.

A ação, que envolveu centenas de agentes das polícias Civil e Militar, além de apoio aéreo e veículos blindados, teve como objetivo enfraquecer o comando interestadual da facção e conter a expansão das rotas de tráfico.

Organizações de direitos humanos, no entanto, pediram transparência nas investigações e cobram a divulgação dos laudos periciais. O governo do estado defende que a operação seguiu protocolos legais e foi resultado de meses de monitoramento e inteligência.

Com a morte dos chefes, a expectativa das autoridades é que o grupo criminoso sofra um abalo estrutural. Ainda assim, especialistas alertam que a fragmentação das lideranças pode gerar novas disputas internas e ondas de violência em territórios dominados pelo tráfico.

Por: Bell Pereira

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