CONDENADA A 10 ANOS DE PRISÃO, DEPUTADA CARLA ZAMBELLI DEIXA O BRASIL E MORAES DETERMINA PRISÃO PREVENTIVA

Passaporte também será bloqueado. (Imagem: Lula Marques/Agência Brasil)




Poucos dias após receber a condenação de 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão e adulteração de documentos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Deputada Federal Carla Zambelli (PL-SP) deixou o Brasil nesta semana. Segundo informado pela assessoria da parlamentar, ela teria saído do país para receber acompanhamento médico.



No entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo que Zambelli fosse presa e que tivesse o passaporte apreendido. O pedido foi aceito pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, onde determinou, além da prisão preventiva e apreensão do passaporte, a suspensão de salários, verbas e contas bancárias da deputada. Zambelli também não poderá utilizar os veículos que estejam em seu nome, sendo bloqueadas também as redes sociais da parlamentar e estabelecida uma multa diária de R$ 50 mil por postagens com teor criminoso ou que reiterem condutas criminosas pela deputada.




De acordo com o texto do Supremo, o decreto de prisão é dado referente a tentativa de fuga da parlamentar brasileira. “A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido da decretação da prisão em razão da fuga do distrito da culpa, quando demonstrada a pretensão de se furtar à aplicação da lei penal”, frisou a determinação do ministro Alexandre de Moraes.


Carla Zambelli teria deixado o Brasil em 25 de maio, passando pela fronteira com a Argentina e de lá pegado um voo para os Estados Unidos. Segundo a assessoria da parlamentar ela está no estado da Flórida e que deve ser submetida a tratamento médico nos próximos dias.



Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto, acusados de invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e adulterar documentos do órgão, foram condenados, por unanimidade, pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A condenação teve como base a invasão do sistema do CNJ, a mando da parlamentar, para que fossem adulteradas certidões, mandados de prisão, alvarás de soltura e quebras de sigilo bancários, a fim de garantir vantagens políticas para Zambelli entre os anos de 2022 e 2023. A pena determinada foi 10 anos de prisão em regime inicial fechado e multa no valor de dois mil salários-mínimos. Já Delgatti teve a pena estabelecida em oito anos e três meses de prisão, também em regime inicial fechado, e multa de 480 salários-mínimos. 





Por: Natália Rodrigues.

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