
Uma deterioração do mercado de trabalho em Pernambuco ajuda a explicar o crescimento da pobreza no estado. É o que afirma o economista Marcelo Neri, pesquisador da FGV Social. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que Pernambuco foi o estado do país em que a pobreza mais cresceu em 2021. Houve um aumento de 8,14%.
“O ápice do mercado de trabalho em Pernambuco foi no final de 2014, com uma renda per capita domiciliar do trabalho de R$ 880, por pernambucano. Isso caiu muito na recessão. E logo antes de começar a pandemia estava em R$ 707. O trabalhador perdeu cerca de R$ 180, o que é bastante, já antes da pandemia”, diz Neri.
Os números, no entanto, pioraram nos últimos dois anos. “O último dado, já de 2022, é de R$ 583. Então, o trabalhador perdeu mais R$ 120. E não tem sinal de recuperação”, afirma Neri.