
Das 61 empresas que participaram do estudo 4 Day Week Global em parceria com a organização de pesquisa Autonomy, 56 decidiram continuar testando a semana de trabalho de quatro dias aplicada no projeto-piloto, com 18 delas decidindo tornar isso permanente. O estudo realizado no Reino Unido propôs às empresas que adotassem a jornada de trabalho reduzida com seus quase 3 mil empregados por um período de 6 meses, sem qualquer desconto salarial aos funcionários.
Pela análise dos resultados, as receitas das companhias aumentaram 35% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto a contratação de novos colaboradores cresceu e o número de faltas diminuiu. As organizações participantes avaliaram em 85% de satisfação com a experiência geral da semana de trabalho de 4 dias, com os impactos na produtividade e na estratégia de negócios obtendo 75% de aprovação.
“Os resultados são semelhantes em ambientes de trabalho de tamanhos diferentes, mostrando que ela [a semana de trabalho de 4 dias] é uma inovação que pode funcionar para muitos tipos de organizações”, disse Juliet Schor, pesquisadora-chefe do estudo e professora universitária da Universidade de Boston. A 4 Day Week Global também testa a menor jornada de trabalho em outros lugares do mundo, como na Austrália e na Ásia – cujos resultados devem sair nas próximas semanas – e na África, Europa, América do Norte e no Brasil – com resultados previstos nos próximos meses.
Melhorias no bem-estar
O relatório do 4 Day Week Global divulgou que o projeto-piloto gerou uma melhora no bem-estar dos trabalhadores, com melhoras significativas na saúde mental e física e nas satisfações em relação ao emprego e à vida. Ter um dia a mais de descanso na semana também significou um aumento no tempo de prática de exercícios físicos, especialmente entre os funcionários de organizações sem fins lucrativos e da indústria de serviços.